CONHECIMENTOS GERAIS - 01: OS POVOS DE GOR

Tal goreanos,

 Hoje iremos falar um pouco sobre os habitantes do planeta Gor e algumas peculiaridades de cada um deles. Este é o primeiro passo para você saber como se situar no planeta. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

REIS-SACERDOTES
 Seria necessário muito tempo para explicar tudo sobre esses seres fantásticos, mas como estamos focando apenas no básico para o RPG, vou me ater somente ao que realmente interessa. Seguem algumas citações pontuais sobre eles.

“Ele tinha seis pernas e uma grande cabeça como um globo de ouro com olhos como vastos discos luminosos. Suas duas patas dianteiras, equilibradas e alertas, erguiam-se delicadamente em frente ao corpo. Suas mandíbulas abriram e fecharam uma vez e elas se moveram lateralmente. De sua cabeça estendiam-se dois apêndices frágeis e articulados, compridos e cobertos por fios curtos e trêmulos de pêlos dourados. Esses dois apêndices como olhos, varreram o quarto uma vez e depois pareciam se concentrar em mim. Eles se curvaram para mim como delicadas pinças douradas e cada um dos incontáveis ​​fios de ouro naqueles apêndices se endireitaram e apontaram para mim como uma agulha de ouro trêmula…

…Quase simultaneamente, uma voz mecanicamente reproduzida começou a emanar do tradutor. Ele falou em Goreano. Eu sabia o que ele diria."Lo Sardar", ele disse. "Eu sou um Rei-Sacerdote" (Reis-Sacerdotes de Gor ~ Livro 3)
Os Reis-Sacerdotes se assemelham a insetos gigantescos dourados, particularmente, eu acredito que pelas descrições, eles lembram um enorme Louva-Deus dourado e sem asas, mas isso vai da interpretação de cada um, a maioria das pessoas acreditam que eles se assemelham à formigas gigantes. Como a imagem abaixo.


 Eles raramente se metem nos assuntos além das Montanhas Sardar, exceto, para manter o controle tecnológico do planeta e protege-lo da invasão Kurii.
“Existe pelo menos uma área, contudo,” disse meu pai, “na qual os ReisSacerdotes demonstram ter mais interesse neste mundo, e esta é a área tecnológica. Eles limitam, seletivamente, a tecnologia disponível para nós, os Homens Abaixo das Montanhas. Por exemplo, de forma inacreditável, a tecnologia das armas é limitada ao ponto onde os mais poderosos dispositivos de guerra são a besta e a lança. Além disso, não existe transportes mecanizados, equipamentos de comunicação ou dispositivos de detecção tais como o radar e o sonar, tão em evidência nos estabelecimentos militares de seu mundo.”
(Tarnsman de Gor)

 Porém, eles parecem não se importar com assuntos como medicina, agricultura, iluminação, etc...
“Por outro lado,” ele disse, “você irá aprender que em termos de iluminação, abrigo, técnicas agrícolas e medicina por exemplo, os mortais ou Homens Abaixo das Montanhas são relativamente avançados.” Ele me olhava - entretido eu acho. “Você se pergunta,” disse ele, “por que os numerosos, mais que óbvios déficits em nossa tecnologia não foram reparados – a despeito dos Sacerdotes-Reis. Passou pela sua mente que devem existir mentes neste mundo capazes de projetar tais coisas como, por assim dizer, rifles e veículos armados.” “Certamente tais coisas podem ser produzidas,” eu argumentei. “E você está certo,” ele disse, sorrindo. “De tempos em tempos eles são construídos, mas seus proprietários são destruídos logo em seguida, explodindo em chamas.”
(Tarnsman de Gor)

 Os Reis-Sacerdotes são imortais, mas isso não acontece por conta de um dom divino, mas sim, por conta de sua avançada tecnologia.
"A muito tempo atrás," disse Misk, "Reis-Sacerdotes descobriram os segredos da restituição celular sem deterioração dos padrões, e sendo assim, exceto se formos feridos ou nos acidentarmos, iremos viver até quando o Besouro-Dourado nos encontrar."
(Reis-Sacerdotes de Gor)

KUR
 Mamiferos enormes, com cerca de oito a nove pés (2,70m a 3m), com quatro patas, que pode ficar de pé ou de quatro; cada pata tem 6 dedos de múltiplas articulações com garras retráteis e um polegar oposto. Possuem duas fileiras de dentes. Eles são incrivelmente fortes e ferozes, e são carnívoros, considerando os humanos como comida. Os Kur são membros de uma raça alienígena, os Kurii.
 Você pode aprender mais sobre eles, no livro 9 Saqueadores de Gor, no site Crônicas de Gor.


KURII
Uma raça alienígena que vivem em suas naves espaciais, e orbitam os cinturões de asteroides além da atmosfera exterior. Acredita-se que seu próprio mundo tenha sido destruído, em parte como resultado de sua avançada tecnologia, ferocidade e ganância. Eles estão presos em uma guerra com os Priest-Kings pelo domínio de Gor e da Terra. Muitas de suas naves foram destruídos e caíram na superfície de Gor (provavelmente no planeta Terra também, há suspeitas de que o famoso Pé-Grande seja um Kurii). É a prática dos Reis-Sacerdotes destruirem os destroços, mas eles não caçam e exterminam os sobreviventes. Eles podem viver se respeitarem as leis dos Reis-Sacerdotes. Eles são extremamente poderosos, altamente inteligentes, gostam de matar e são tecnologicamente muito avançados.
Fonte: http://www.goreancampus.com/peoples.htm



 
POVO ARANHA
 Apesar de serem aracnídeos, são racionais e pacíficos, não gostam de violência e evitam os seres humanos. 


“aracnídeos do tamanho de um homem que habitam o pantanal perto da cidade de Ar; eles podem se comunicar na fala humana através dos tradutores mecânicos que usam ao redor do abdômen;”…
“Então eu vi, pela primeira vez, que preso ao seu abdomen havia um tradutor. Não como aqueles que eu tinha visto em Ko-ro-ba. Aparentemente traduzia impulsos sonoros, abaixos do meu limite auditivo, para sons da fala humana. “…
"Meu nome é Nar, eu sou do Povo Aranha".
"Minha teia salvou sua vida" Corrigiu o inseto. Ele ficou quieto por um momento, e em seguida, como se sentisse a minha apreensão disse: "Não vou te machucar. O povo aranha não machuca criaturas racionais."
"Eu fico grato por isso.“ Eu disse. “
(Livro 1: Tarnsman de Gor )

HUMANOS
 Falar sobre os humanos do Planeta Gor, levaria uma eternidade, por essa razão, irei me ater somente ao básico, e focar nos principais povos, assim, teremos uma aula mais dinâmica e proveitosa.

POVOS DAS CIDADES-ESTADO
 Aqui temos a primeira civilização humana de Gor que temos contato no livro 1 Tarnsman de Gor. Tarl Cabot descreve detalhes da Cidade-Estado de Ko-Ro-Ba, um importante centro comercial e cultural de Gor, e ao longo da trama, vamos conhecendo outras cidades-estado, como a Gloriosa Ar, Tharna, Túria, Cos, etc...

"A cidade-estado", disse meu pai, falando comigo num fim de tarde, "é a divisão política básica sobre Gor e cidades hostis que controlam o território e que podem em seus arredores e campos abertos estarem cercado por homens sem terra”.
"Como a liderança é decidida nessas cidades?” Perguntei a ele.
"Os Governantes," ele me disse, "são escolhidos a partir de qualquer Casta alta."
(Tarnsman de Gor)

 John Norman parece ter se inspirado e muito nas culturas greco/romana, para construir as Cidades-Estado de Gor.
Ko-Ro-Ba, por exemplo, com sua política e forte democracia, parece ter sido inspirado na Cidade-Estado de Athenas, em contra partida, a Gloriosa Ar, que é a maior e aparentemente a mais populosa cidade de Gor, parece ter sofrido influências do antigo Império Romano, Túria ao sul da linha do equador de Gor, parece ter sido inspirada na opulenta Pompéia. Infelizmente eu não tenho como mostrar as centenas de citações que comprovam isso, pois são relatos expostos ao longo das tramas, mas tomo como um incentivo para aqueles que nunca leram as Crônicas da Contra-Terra, que comecem a ler para tirar suas próprias conclusões.

“A saudação foi uma das antigas, e eu tenho poucas dúvidas de que ela foi trazida para Gor, séculos atrás, talvez por homens que fossem familiarizados com esportes de arena, e os tinha iniciado na luxuosa Ar, homens sem dúvidas, de outros lugares e outros tempos. Eu me lembrei das viagens de aquisição na antiguidade (da Terra), uma vez conduzidas pelos Reis-Sacerdotes.

Salve Cernus, Ubar de Ar!
Nós que estamos para morrer o saudamos!”
(Livro 5 Assassino de Gor)



 Para os Goreanos das Cidades-Estado, aqueles que não sabem falar Goreano são considerados bárbaros, porém, os povos que não se enquadram em seus sistemas de Castas e Home Stone, são considerados de certo modo, como sendo de cultura bárbara também, embora grande parte dos povos que vivam aos derredores das grandes cidades, falam um dialeto Goreano bastante compreensível para qualquer cidadão de Gor, como os Povos do vagão, por exemplo.
“Você tem que aprender”, Torm dissera sem rodeios “, a história e lendas de Gor, sua geografia e economia, suas estruturas sociais e costumes, como os grupos de sistemas de castas e de clãs funciona, o direito de colocar a Home Stone, os lugares dos Santuários, em que trimestre é e não é permitido guerrear, e assim por diante.”
(Livro 1 – Tarnsman de Gor)

 A maior parte das histórias dos livros, estão concentradas nas Cidades-Estado de Gor, e os cidadãos delas, estão mais espalhadas pelo continente Goreano, do que qualquer outro povo. De Norte a Sul do Planeta, há uma Cidade-Estado, e o fator mais marcante desses povos, são o sistema de castas, a Home Stone e a instituição da escravidão, esta última, presente em vários povos de Gor, sejam eles das Cidades-Estado ou não.

 As Cidades-Estado por assim dizer, compartilham entre elas, suas culturas, artes, festivais e esportes que lembram em muito, a cultura greco/romana na antiguidade da Terra, calendário parecidos, castas e a Home-Stone, que é o maior simbolo de soberania de uma Cidade-Estado. 

 Eles aceitam a instituição da escravidão.

 A tradução para escravas do sexo feminino é kajira, enquanto que para homens kajiru, os escravos masculinos podem servir a vários propósitos, como sexuais por exemplo, mas em sua maioria, são usados para serviços braçais. Falaremos sobre a instituição da escravidão mais para frente.

POVOS DO VAGÃO
“aquelas pessoas que eram, para o conhecimento dos Goreanos, as mais livres, entre as mais ferozes, entre as mais isoladas do planeta...”
(Nomads of Gor)



 As pessoas das cidades de Gor consideram várias outras culturas que vivem fora das cidades como bárbaras. Isso incluiria povos como os Selvagens Vermelhos dos Barrens(sertões), os Red Hunters do norte polar, os nativos das selvas perto de Schendi e os invasores de Torvaldsland. Durante o curso da série Goreana, Tarl Cabot visitou muitos desses vários grupos bárbaros, mas seu primeiro encontro foi com os ferozes Povos do Vagão. O quarto livro da série Gorean é a principal fonte de informação sobre os Povos do Vagão, intitulado, Nômades de Gor. Esse povo parece ter sido inspirado na cultura mongol, pois vivem nas planícies de Gor, em seus vagões, de forma nômade e dependem dos bosks, assim como os mongóis dos yakis (bovinos mongois), e viviam nas estepes da Ásia Oriental e Central, também de forma nômade em seus vagões.

 A região dos povos dos vagões é bem extensa, eles vagam como nômades nas longínquas pradarias do Sul de Gor, conhecidas em grande parte, como as planícies de Túria. Eles são Inimigos da cidade de Túria, não suportam a civilização e são considerados como bárbaros aos olhos dos povos civilizados das grandes cidades-estado de Gor.

 Os Povos do Vagão consistem em quatro tribos separadas: os Kassars, os Kataii, os Paravaci e os Tuchuks. Sendo os Tuchuks, os mais difundidos durante toda a saga do Livro 4 – Nômades de Gor.

 Eles são em grande parte, pastores de bosks, e sua subsistência, depende desses animais, de onde eles tiram como base principal de alimento, a carne e o leite, mas eles também usam o couro do bosk para construção de suas enormes carruagens, ou, vagões, e eles são hostis a estranhos. “"Dizem que os Povos do Vagão matam estranhos." (Nômades de Gor)“

 Como outras culturas bábaras de Gor, não existem sistemas de castas entre os povos dos vagões, e também não há nenhuma referência nos livros dizendo se eles declaram uma Home Stone.

 A instituição da escravidão é aceita entre os Povos do vagão.

TORVALDSLAND
 O Livro 9, Saqueadores de Gor, lida com as terras e a cultura de Torvaldsland, situada nas latitudes setentrionais de Gor. A cultura de Torvaldsland é baseada nos Vikings e homens do Norte da Europa por volta de 700 a 1100 dC, da história da Terra. Se o calendário de Torvaldsland estiver certo, então as Viagens de Aquisição dos Reis-Sacerdotes trouxeram Vikings para Gor por volta de 970 dC.


 Torvaldsland em si é uma terra dura e rochosa com muitas falésias, enseadas e montanhas. Sua geografia se assemelha aos países escandinavos da Terra. O solo arável é raro, encontrado em manchas finas e extremamente valioso. Assim, a maioria de suas fazendas é muito pequena. Devido à raridade de boas terras, a comunicação entre estas fazendas isoladas é muitas vezes por mar em pequenas embarcações.
Fonte: http://www.gor-now.net/delphius2002/id81.htm

 Os homens de Torvaldsland são tidos como os homens mais altos de Gor e muito fortes, a cultura de Torvaldsland favorece somente os fortes, eles são criados para isso.
 Frequentemente, eles lidam com os Kur, e mesmo para um homem de Torvaldsland, é dificil matar um Kur sozinho, na verdade, um Kur consegue matar centenas de homens sozinhos.
 A bebida típica dos homens de Torvaldsland é a cerveja e o hidromel, e eles costumam usar chifres para bebê-los.
 Eles aceitam a instituição da escravidão. A escrava em Torvaldsland é conhecida como Bondmaid, enquanto que o escravo do sexo masculino, thralls.
“Na direção da frente do templo, atrás da balaustrada, e até mesmo nas duas portas do templo, perto das duas vigas que a fechavam, estavam os homens de Forkbeard. Muitos deles eram gigantes, enormes homens, unidos pelo frio, acostumados à guerra e ao trabalho do remo, criados desde a infância em escarpadas, isoladas fazendas próximas do mar, crescidos fortes e duros com trabalho e carne e cereais. Tais homens, desde a infância em pesados jogos aprenderam a correr, a pular, a nadar, a atirar a lança, a brandir uma espada, a brandir o machado, a enfrentar o aço, mesmo sangrando, inabaláveis. Tais homens, aqueles, seriam os mais duros dos mais duros, já que apenas o maior, o mais rápido e o melhor poderiam ganhar para si mesmos o banco no navio de um capitão e um homem grande o bastante para comandar tais como eles, deveria ser o primeiro e mais poderoso entre eles, já que homens de Torvaldsland obedecerão ninguém mais, e esse homem havia sido Ivar Forkbeard. “
(Saqueadores de Gor )



 Aproveite para ler o livro 9 Saqueadores de Gor, no site Crônicas de Gor. A história desse povo é de tirar o fôlego, vale muito a pena conferir.
 Existem vários povos em Gor, e muitos deles com cultura e costumes baseados em antigos povos da Terra, infelizmente, não temos tempo para citar as características de todos eles, mas vou deixar aqui alguns povos, além desses citados, e suas respectivas inspirações:

A região de Tahari:
Inspirados na antiga cultura Árabe e os povos nômades do deserto.



Red Hunters:
Os povos que habitam o ártico goreano. Na aparência e cultura, eles são semelhantes aos esquimós.


Red Savages:
Os povos que habitam a área dos sertões (Barrens) de Gor. Na aparência e cultura, eles são semelhantes aos índios norte americanos.


Meninas panteras:
Inspiradas nas Amazonas. As Meninas-Panteras são livres em virtude de sua inteligência e habilidade com armas. Embora muitas sejam escravas fugitivas, elas mantêm sua liberdade escondendo-se nas florestas nortenhas de Gor. Raramente elas se afastam a longas distancias de sua casa na floresta, onde o laço de captura dos traficantes de escravos as aguardam.
São agressivas e muito territoriais.


Os Pani:
Inspirados na antiga cultura japonesa. Eles vivem em uma região conhecida como o fim do mundo em um complexo de 12 ilhas.


 Ficamos por aqui, hoje conhecemos um pouco dos povos de Gor, embora muito resumido, creio que dá para ter uma noção da extensão de todo o universo Goreano, em cada povo, existem suas subclasses, o que torna as tramas ainda mais complexas e apaixonantes.
Na próxima postagem, irei abordar um tema de extrema importância, a Home Stone, não percam.

Eu lhes desejo o bem.